Conhecendo Melhor (1º C)

winter-night-leonid-afremov Shara e Sociologia, essas duas deram certo até no nome. Conheça-as e não conseguirá viver sem elas. Nesse espaço, vamos caminhar nas linhas da sociologia, deixar nossos traços, para que as linhas se tornem laços...

Para quem acha que Sociologia seja apenas uma ciência que estuda as relações sociais, engana-se. É um conceito simplista demais, pois ela está ligada diretamente à nossa vida. A metodologia da professora Shara é muito dinâmica, “nada de teoria sem prática”, como diria meu amigo Tallys. No nosso primeiro dia juntos, no começo da aula, a sala foi dividida em grupos pela cor. Calma, cor da roupa! Aqui não há lugar para preconceitos. Vamos desconstruí-los, como diria a Shara. Os colegas ficaram desconfiados mas, para minha alegria, tivemos grandes revelações: a simpatia da Almerinda, a timidez do Murilo, a experiência de Edécio, o sorriso da Jesus, a eloqüência da Deyse, o desprendimento do Paulo Régis, o gosto que o Thialison e a Naile tem pelo esporte, a meiguice da Thayssa, o Lucas que demonstrou ser tão decidido, entre tantas apresentações surpreendentes.

Na segunda aula, nos transformamos em pássaros e alçamos vôos... Sim! Na Sociologia e com a Shara, você consegue enxergar mais longe. Voamos até o centro da nossa cidade e pudemos dizer da nossa percepção da realidade ali encontrada. Lucas, Amanda e Deise contaram suas experiências...como pássaros pequenos...o que imaginávamos até o momento. Eis que surge um pássaro enorme e causou um certo estranhamento nas pessoas... era a Layanne. Poderosa, viu! Adorei!

A turma parece querer integrar-se, o que é importantíssimo para o aprendizado dessa disciplina. Por isso colegas, ESTUDEM!!! Ninguém nunca se arrependeu de ter estudado...só de não ter estudado. Vocês conseguirão.

Deixe aqui suas sugestões, críticas, comentários e mensagens, sobre as aulas, a professora, os colegas, a monitora.... para que possamos interagir nessa experiência, digamos, instigante.

Conto com vocês!

Patrícia Tomaz, Monitora do 1º C

Caracterização da Sociologia (Galliano) (Todos)

‘’Vamos nos entrelaçar na Sociologia Jurídica, apreciando esse texto de Galliano, exposto em sala de aula pela Professora Shara Jane! Ao término da leitura, explanem seus comentários sobre o que entenderam e suas respectivas dúvidas!” [ Monitores Leonardo, Patrícia e Andréa ]

GALLIANO

clip_image001 SOCIOLOGIA – palavra híbrida criada pelo Auguste Comte, em 1839.

Sócio – latim e Logos – grego. Significa o estudo da sociedade.

  • O que é sociedade? O que se tem em mente é sempre a idéia de homens (seres humanos) em interdependência.
  • A noção de interdependência – os homens não vivem isolados, mas juntos; à formação de agrupamentos estáveis onde se dá o encontro do homem com o homem; ao estabelecimento de relações de cooperação, luta e domínio entre os homens no interior desses estabelecimentos; e o desenvolvimento ou destruição das culturas humanas que decorrem de tais relações.

SOCIOLOGIA É O ESTUDO DOS HOMENS EM INTERDEPENDÊNCIA:

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  • A interdependência nos remete a indivíduos em ação.
  • Por meio de suas ações os homens estabelecem múltiplas relações entre si, na medida em que as ações de um afetam outros e os levam a também a agir. A ação individual assume característica de ação social. ELOS QUE FORMAM UMA CADEIA DE AÇOES SOCIAIS.

clip_image001[1] ORGANIZAÇÃO SOCIAL

MAS O QUE É ESSE CONHECIMENTO PRÉVIO QUE NOS PERMITE INFERIR RELAÇÕES A PARTIR DA AÇÃO OBSERVÁVEL? ESTE CONHECIMENTO É POSSÍVEL:

  • PORQUE EXISTEM NORMAS – PADRÕES SOCIAIS QUE SÃO CUMPRIDAS PELA MAIORIA DOS CASOS, DE MODO QUE O COMPORTAMENTO PREVISTO PELAS NORMAS CORRESPONDEM ÀS AÇÕES EFETIVAS DE MILHARES DE PESSOAS EM SITUAÇÕES ANTERIORES.
  • ALÉM DISSO É A EXISTENCIA DE NORMAS, QUE PERMITE A AÇÃO INDIVIDUAL SE CARACTERIZAR COMO AÇÃO SOCIAL, POR MEIO DA QUAL OS INDIVIDUOS SE RELACIONAM COMO MEMBROS DE UM DADO AGRUPAMENTO SOCIAL.
  • A EXISTÊNCIA DE NORMAS COMPARTILHADAS E CONFIRMADAS PELOS MEMBROS DE UM AGRUPAMENTO, REVELA O CONJUNTO DE AÇÕES SOCIAIS QUE SE DESENROLAM NESSE AGRUPAMENTO EM DADO MOMENTO CONSTITUINDO SUA ORGANIZAÇÃO SOCIAL.

clip_image001[2] RECIPROCIDADE

  • Não há organização duradoura se pelo menos outro requisito geral seja preenchido: que os direitos e obrigações decorrentes das normas sociais sejam sempre recíprocos, vale dizer, que impliquem sempre uma relação de dar e receber em troca.

Ex: relações pais e filhos, trocas de presentes no Natal, mutirão, na aliança entre povos autônomos para destruir inimigo comum, ajuda financeira entre povos, nas relações de chefia e de dominação,
  • A RECIPROCIDADE NÃO É O ÚNICO PRINCÍPIO QUE POSSIBILITA A ORGANIZAÇÃO DE UMA SOCIEDADE – NO SENTIDO DE TORNAR DURADOURA SUAS RELAÇÕES. A COERÇÃO, ISTO É, A FORÇA E A AMEAÇA – também o são, entretanto há o mínimo de reciprocidade nessas relações para que o domínio se mantenha, embora seja relações instáveis com ameaça permanente de dissolução da organização através das fugas e levantes.

Muitas vezes deixamos de perceber a existência da reciprocidade numa organização social porque não se encaixa em nossa escala de valores particular.

clip_image001[3] ESTABILIDADE E MUDANÇA SOCIAL

  • Pelo fato de seguirmos as normas ou regras, as ações sociais se tornam previsíveis. É o seu cumprimento que torna a vida social estável.
  • Os desvios das normas é fator de desordem social e dependendo do seu grau e natureza podem acarretar mudanças sociais.

HÁ VÁRIAS MANEIRAS DE DESVIOS DE NORMAS.

  • A RELATIVA FREQUENCIA COM QUE A NORMA DA FIDELIDADE CONJUGAL É DESOBEDECIDA PODE INDICAR A EXISTENCIA DE PROBLEMAS NÃO RESOLVIDOS NA ORGANIZAÇÃO SOCIAL. EM SITUAÇÕES CRITICAS, A PERCEPÇÃO DESSES PROBLEMAS LEVA OS INDIVIDUOS A ENCARAR OS DESVIOS DAS NORMAS NÃO APENAS COMO POSSIVEL, MAS COMO NECESSÁRIO, INCLUSIVE LEVANDO A MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NA ORGANIZAÇAO SOCIAL COMPATÍVEIS A NECESSIDADE NÃO APENAS DE UM INDIVIDUO MAS TAMBÉM DE UM GRUPO SIGNIFICATIVO. NESSE CASO, O DESVIO DAS NORMAS SE ASSOCIA A UM DESEJO CONSCIENTE DE MUDANÇA SOCIAL.

OS DESVIOS MOSTRAM O QUE AS REGRAS NÃO SÃO :

- NÃO SÃO RÍGIDAS,

- NÃO PREVEEM NOS MINIMOS DETALHES DE TODAS AS CIRCUNSTANCIAS DA VIDA SOCIAL,

- NEM FORMAM SISTEMAS PERFEITAMENTE COERENTES.

· ASSIM, A TODA HORA ENFRENTAMOS SITUAÇÕES EM QUE SÓ NÓS MESMOS PODEMOS ESCOLHER ENTRE AGIR DESSA OU DAQUELA MANEIRA, SEJA PORQUE AS NORMAS ESTABELECIDAS SÃO FLEXÍVEIS O BASTANTE, SEJA PORQUE SÃO MUITO VAGAS OU OMISSAS, SEJA PORQUE SÃO CONFLITANTES UMAS COM AS OUTRAS.

· SÓ O TEMPO, A EXPERIÊNCIA, A POSIÇAO SOCIAL DOS QUE SE DESVIAM DAS NORMAS E AS NECESSIDADES GERAIS DA SOCIEDADE DECIDIRÃO SE UM DADO DESVIO SERÁ OU NÃO ACEITO, DARÁ OU NÃO ORIGEM A MUDANÇAS NA ORGANIZAÇÃO SOCIAL.

clip_image001[4] SOCIOLOGIA: ESTUDO DA ORDEM E DA DESORDEM.

· A SOCIOLOGIA SE PREOCUPA EM DESCOBRIR, DESCREVER E COMPREENDER A ORDEM QUE SE MANIFESTA NA VIDA SOCIAL ISSO NÃO SIGNIFICA DIZER QUE A VIDA SOCIAL É ALGO ESTÁTICO. AO CONTRÁRIO, É ALGO EM PERMANENTE MODIFICAÇÃO. “HÁ SEMPRE GRUPOS NOVOS SURGINDO E OUTROS DESAPARECENDO, COMO HÁ TAMBÉM OS QUE PERMANECEM NA MEDIDA EM QUE PASSAM POR MUDANÇAS.”P. 15.

“A EXISTENCIA DA VIDA SOCIAL ORGANIZADA SUPOE A OBEDIENCIA A NORMAS, MAS TAMBÉM ENVOLVE UMA VARIEDADE DE DESVIOS DAS NORMAS, OU SEJA, DE AÇOES TENDENTES A MUDAR DE ALGUMA FORMA A ORGANIZAÇÃO SOCIAL. EM OUTRAS PALAVRAS, A EXISTENCIA DE ORDEM SOCIAL NÃO EXCLUI A EXISTENCIA DE DESORDEM.

clip_image001[5] SOCIOLOGIA: CIENCIA DOS GRUPOS SOCIAIS.

“A interdependência humana significa basicamente o inter-relacionamento dos indivíduos por meio de suas ações sociais. Existe organização social na medida em que essa ações sejam orientadas por normas, que os indivíduos podem seguir ou desrespeitar. Na primeira hipótese, contribuem para manter a ordem social; na segunda, provocam a desordem.”

O último aspecto da interdependência diz respeito ao conceito de grupo social.

O que é um grupo social? Para ser um grupo tem que:

1. POSSUIR RELAÇÕES ESTÁVEIS E DURADOURAS.

2. DEVEM TER EM CERTO GRAU RELAÇÕES DE COOPERAÇÃO. Pode haver situações de conflito mas é preciso ter um mínimo de cooperação em vistas a certos objetivos. Ex: os detentos podem viver em situação de conflito mas devem manter o mínimo de cooperação para suportar aquela situação.

3. A cooperação diz respeito a existência de normas que orientem as ações dos indivíduos.

4. DISTINGUIR OS QUE FAZEM PARTE DELE, DAQUELES QUE NÃO FAZEM PARTE DELE.

clip_image001[6] GRUPO E INDIVIDUO :

“Os grupos sociais são formados de indivíduo. Rigorosamente falando, no entanto, um indivíduo só integra um grupo na qualidade de membro do grupo. (...) O que estamos afirmando é que um grupo nunca absorve totalmente o tempo, as preocupações e a energia de cada um dos seus membros. (...) Vale dizer, enquanto indivíduo você divide sua atividade entre vários grupos sociais, e só é capaz de fazer parte de todos eles porque não é inteiramente absorvido por nenhum.” P.18

Mas pode ser que um dos grupos lhe absorva mais como, por exemplo, no trabalho pode lhe identificar como o flamenguista doente, o que não deixe de influenciar o ambiente de trabalho.

O reconhecimento dessas múltiplas influências permite esclarecer melhor a definição de grupo social com sistema de relações sociais.

“(...) certo número de pessoas não forma um grupo pelo simples fato de estarem juntos. Da mesma forma, um grupo não deixa de existir só porque seus membros estão dispersos.” P.19

“Esqueçamos um pouco as torcidas organizadas para pensar no próprio time de futebol. Os vinte e poucos jogadores que fazem parte desse tipo de grupo (além de técnico, preparador físico e outros elementos) não ficam, naturalmente, o tempo inteiro reunidos. Entre uma concentração e outra, o time se dispersa e os jogadores vão para casa. Se forem bons jogadores, no entanto, não deixarão de seguir certas normas: não abusarão do fumo, da bebida e da comida, pra manter a forma; deitarão cedo pra se apresentar descansados nos treinos, e assim adiante. Desse modo, mesmo disperso, o time não deixa de existir, pois a qualquer momento os jogadores estarão agindo ou poderão agir como membros desse grupo.” P. 19.

clip_image001[7] GRUPO E SUBGRUPO p. 19- 21

Os grupos não existem lado a lado, mas se interpenetram. Com efeito, no interior de cada grupo social é geralmente possível identificar grupos menores ou subgrupos.

O exemplo dado no livro mostrava que o grupo estava formado além da divisão oficial, pois havia a formação de panelinhas. Havia então uma formação de grupo mais completa porque fugia a determinação estruturada oficial, havendo a formação de dois subgrupos, inclusive, rivais entre si. Neste caso um sub-grupo pode interferir nas normas do grupo, inclusive criando uma sub-cultura.

“Um subgrupo é sempre um grupo dentro de um grupo maior. Todos os membros do subgrupo fazem parte também do grupo em que ele está incluído, e a participação de um indivíduo num subgrupo deve ser vista como um aspecto de sua participação no próprio grupo.” P. 21

clip_image001[8] GRUPO E SOCIEDADE

A Sociedade é um grupo social. Mas para além das suas características de durabilidade, cooperação e obediência a normas específicas, a sociedade possui características específicas. Para ser sociedade precisa:

a) Definição territorial :

“Toda sociedade é um grupo territorial, ou seja, sua existência está ligada a um território definido. Isto não significa que todo grupo territorial – bairro, cidade, estado – seja necessariamente uma sociedade. (...) não confundir sociedade com unidade político-administrativa. (...) há sociedades nômades que nunca se fixam num local determinado do território. Mas não deixam de ser sociedade – portanto, grupos territoriais – já que todos os seus deslocamentos se dão dentro de um território definido, mesmo que este não tenha limites político-administrativos muito preciso.”p. 21

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b) Manutenção pela reprodução social:

“As sociedades mantêm seu contingente humano fundamentalmente por meio da reprodução sexual.” P. 21

c) Cultura auto-suficiente :

“(...) Tylor define cultura como ‘aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e outras capacidades adquiridas pelo homem como membro da sociedade’. (...) Dissemos, porém, que as sociedades não são apenas grupos dotados de uma cultura particular, mas que são grupos dotados de cultura auto-suficiente. Isto significa que a cultura de uma sociedade inclui elementos suficientemente diversificado para atender às exigências de sobrevivência do grupo em todos os aspectos da vida social.” P. 22

Ex: as tribos indígenas, mesmo as mais isoladas, possuem capciade de atender a todo as necessidades da vida social, permitindo, sem influências externas, a continuidade da organização social. P. 22

d) Independência:

“Dos três itens anteriores decorre a última característica relevante das sociedades, que é a independência. Isto implica que uma sociedade nunca é um subgrupo de um grupo mais abrangente.” P. 22-23

clip_image001[9] A IMPORTÂNCIA DA SOCIEDADE. P.23

“As características acima mencionadas nos dão a dimensão exata da importância da sociedade enquanto grupo social. O relacionamento social da quase totalidade das pessoas ocorre no interior de uma sociedade. Vale dizer, a interdependência humana decorre diretamente da existência desse tipo de grupo social.”

GALLIANO. “Sociologia: caracterização geral”. In: Introdução à Sociologia. São Paulo: editora Harbra Ltda, 1986.p.5-23.

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Quem é Quem ?

own%20fofinhoo Primeiro dia de aula. A turma toda está na expectativa para saber quem serão os novos professores. Muitos alunos nunca se viram ou mal se conhecem. Para formar um grupo unido, bem relacionado e em sintonia com você, a professora Shara Jane, nosso arco-íris da sala, fez uma dinâmica que creio que se ainda não marcou sua vida vai marcar! Porque não conheci ainda nenhum ser mortal que tenha esquecido sua dinâmica perfeita!

E foi dessa forma que aconteceu. Desenhamos algo que marcássemos nós mesmos, colocamos em forma de desenho uma característica que achamos quem somos e o que os outros dizem a nosso respeito, acrescentamos em nossas folhas o conceito de sociologia. Logo após, a professora nos dividiu em grupos que eram determinados pelas cores de nossas camisas: “Camisas brancas façam um círculo aqui. Êpa! Os de preto desse lado!” E assim aconteceu. Os grupos interagiram entre si, contando os desenhos e qualidades pessoais. Depois o grupo escolheu um relator, onde iria contar em voz alta a turma, todo o perfil de cada componente, assim como, o que tinham em comum.

E acreditem no que vos digo: só tem Flamenguista nesta turma. Não explanarei minha opinião quanto a essa questão, até porque como monitora, tenho que ‘tentar’ ser pacífica. Mas que isso me intriga... Hum. Vale ressaltar que apenas dois vascaínos se manifestaram! Vamos pra segunda divisão, opa, desculpem, segunda ressalva! Cadê a força São Paulina gentee!!

Foi muito proveitoso, acho que deu pra conhecer um pouco de cada um. Principalmente aqueles que já estão de olho naquele ou naquela! Hehe. Muito estudo galera do 1° D!

Vamos usar a alegria do Carlos Júnior, a curiosidade de Gislane, o gosto pela leitura de Érica, a dedicação de Bruna, a simplicidade de Joice, a seriedade de Advaldo, a força e garra que demonstra ter o Taison, e todas as essências que cada um de nós temos e iremos mostrar ao longo de 5 anos que passam rapidinho! Portanto, vamos aproveitar cada segundo!

E finalizo com a frase do nosso ilustre colega Márcio: “ Sou como a água, pois ela transpõe os obstáculos pelas brechas!”

Uma salva de palmas! \o/

Monitor(a) : Andréa Barbosa

Celebração da Voz Humana/2

Eduardo Galeano

mulher costurada Tinham as mãos amarradas, ou algemadas, e ainda assim os dedos dançavam, voavam, desenhavam palavras. Os presos estavam encapuzados; mas inclinando-se conseguiam ver alguma coisa, alguma coisinha, por baixo. E embora fosse proibido falar, eles conversavam com as mãos.

Pinio Ungerfeld me ensinou o alfabeto dos dedos, que aprendeu na prisão sem professor:
- Alguns tinham caligrafia ruim – me disse -. Outros tinham letra de artista.A ditadura uruguaia queria que cada um fosse apenas um, que cada um fosse ninguém: nas cadeias e quartéis, e no país inteiro, a comunicação era delito.

Alguns presos passaram mais de dez anos enterrados em calabouços solitários do tamanho de um ataúde, sem escutar outras vozes além do ruído das grades ou dos passos das botas pelos corredores. Fernández Huidobro e Mauricio Rosencof, condenados a essa solidão, salvaram-se porque conseguiram conversar, com batidinhas na parede. Assim contavam sonhos e lembranças, amores e desamores; discutiam, se abraçavam, brigavam; compartilhavam certezas e belezas e também dúvidas e culpas e perguntas que não têm resposta.

Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada”.

Patrícia Tomaz

Quem sou?

Patríca Sou Patrícia. Sou mulher, mãe, esposa, companheira, amiga, irmã, tia, filha, estudante... sou tanta coisa! Não sou tudo isso sempre, ao mesmo tempo, mas uma de cada vez, pois sou humana, capaz de errar e de acertar também. Ser mãe, é o que sei ser melhor, embora não tenha perguntado aos meus filhos! Amo minha vida, minha família, meus amigos. Sou desconfiada, teimosa, perfeccionista, lutadora, decidida, carinhosa, atenciosa.... Sou qualidades e defeitos. Sou cinéfila, sou leitora, sou questionadora. Sou assim e mais alguma coisa...

 

Aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes”. (Nietzsche)

Leonardo Barbosa

QUEM SOU EU ?

leo

Sou um cara que gosta de ver intensamente as emoções que a vida tem a oferecer. Para mim a vida possui um brilho especial, e este eu encontro especialmente na música e nas amizades. Não sou de Teresina, sou de Bacabal, uma das cinco metrópoles do maranhão. Curso o segundo período de Direito e já cursei também um período de letras na universidade estadual do maranhão. A disciplina de sociologia jurídica foi a que mais me chamou atenção dentre todas as outras que cursei no primeiro período, sendo assim é com um imenso prazer que monitoro esta disciplina nesse semestre.

Andréa Barbosa

Quem sou eu ?

Andrea É um tanto demorado dizer quem sou. Pois são anos de construção do meu próprio eu. Uma bebezinha linda, a primeira filha. A oradora do ABC. Que conheceu a realidade como é. Em casa, na rua, no lixo. A escola pública e particular. Viagens. A mentira e a verdade. A vida e a morte. A adolescente que mesmo rebelde conseguiu o carinho de seus pais e a música já fazia parte de sua vida. A tentativa nos instrumentos musicais. A paixão pelos livros. O espírito revolucionário que a fez gritar e se expor em praça pública os direitos dos professores de rede pública, mesmo na época sendo de escola particular. O desejo de justiça em ver a violência tomar de conta, fez a mesma a gritar por paz com dezenas de alunos em um trio elétrico. Os projetos. Voluntarismo. Coisas escritas. Diários feitos e refeitos. A pernambucana, que soube ser maranhense e que hoje vive como piauiense.
O descobrimento de uma paixão que virou amor: o Direito. E nele se entrelaçou com uma matéria propedêutica que enlaça a cada minuto, segundo e milésimos de segundos. Com garra e coragem, sem medo de errar, caindo e levantando, uma pessoa com defeitos e qualidades. Mas não uma pessoa qualquer. Porque sou o fruto dessa linha que nem uma tesoura pode tirar.

E assim me construo por uma visão melhor.

Nada foi tão forte do que ser entrelaçada por dois seres: a Sociologia e a Arco-íris.” (Andréa Barbosa)

Apresentacão

Este blog foi criado para dar vazão a nossa arte de criar argumentos sócio-jurídicos. Queremos celebrar a voz humana. Libertá-la de quaisquer amarras. Por isso, não tenha medo, neste espaço, de dizer o que sente, o que pensa e o que faz! Nossas aulas serão ainda mais valiosas se você partilhar conosco suas idéias, conceitos e jeitos de ser e viver. Por isso não se faça de rogado(a), tire as sandálias, se assente e ocupe um lugar entre nós. Porque a celebração da voz humana quando “[...] é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer [...] não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada.” (Eduardo Galeano).